O primeiro país em que fui morar quando saí do Brasil, foi os Estados Unidos. Durante a época da faculdade, fiz um programa de intercâmbio para passar quatro meses lá e acabei ficando um ano. Era a minha primeira vez no país e fiquei maravilhada com tantas coisas novas. Eu queria ver tudo, passear em todos os lugares, conhecer museus, assistir peças de teatro, experimentar as comidas e bebidas que eu não via no Brasil e claro, fazer novos amigos.
Conheci pessoas queridas do Brasil e dos Estados Unidos, mas também da Alemanha, da Argentina, da Costa Rica, de Israel, da França, da Espanha, do Japão e muito mais. Todas foram importantes e marcaram, à sua maneira, minha experiência fora. Nesse período de um ano também trabalhei, dividi apartamento e até quarto com pessoas que eu nunca tinha visto na vida, passei por risco de tsunami e furacão, conheci pessoas que não foram muito legais e passei por situações que eu não esperava e que precisei me adaptar. Ufa! Descobri que há dores e delícias quando estamos fora do nosso país e da nossa casa, e longe das pessoas que amamos e que nos conhecem há tanto tempo.
Aprendi muitas coisas nesse tempo, expandi meus conhecimentos, trabalhei nas minhas limitações, abri mão de ideias bobas que minha falta de experiência trazia, enfrentei minha solidão e comecei a cuidar de novas necessidades que eu passei a ter. Nem tudo foi flores, teve espinhos também, mas hoje me sinto grata pelas experiências que tive, elas me ajudaram a crescer e mudar minha visão de mundo.
“A única regra para viajar é: não volte como saiu. Volte diferente.” (Anne Carson)
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